Estelionato

Professor da UFSM é condenado a pagar R$ 122 mil por estelionato

Rádio Gaúcha

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A 3ª Vara Federal de Justiça em Santa Maria condenou em 1ª instância o professor de odontologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Jamal Hassan Assaf por estelionato contra a União. Ele desempenhou atividade profissional em consultório particular apesar de ter sido contratado com dedicação exclusiva. A irregularidade teria lesado o poder público em R$ 90.067,45.

Professor da UFSM é condenado por estelionato e deve pagar R 340 mil

Conforme o Ministério Público Federal (MPF), o professor cometeu o crime entre 1990 e março de 2014.

2º professor de odontologia da UFSM é condenado por estelionato

A partir dos dados da Receita Federal avaliados, entre 2007 e 2011, a investigação constatou que o professor recebeu por serviços odontológicos prestados em consultório particular e também do Instituto Religioso do Amor Divino. Outras provas que confirmam a prática são lista de pacientes, cadastro junto à Secretaria Municipal de Finanças para contribuição do tributária e renovações anuais de alvará.

Professor da UFSM é condenado por estelionato e deve pagar R$ 300

No entendimento da Justiça, houve fraude, ou seja, o professor obtinha vantagem ilícita (trabalhar em consultoria participar mesmo sendo o contratado com dedicação exclusiva) enganando a UFSM.

Com isso, o valor a ser restituído aos cofres públicos é relativo ao período de 2007 e 2011. Com o valor da multa, o débito chega até R$ 122.275,45.

O advogado Bruno Seligman de Menezes, que representa o professor, diz que a condenação não foi uma surpresa e explica.

– Sem surpresas porque as condenações, lamentavelmente, estão vindo em blocos. Elas já estão sendo, inclusive, esperadas pelos réus porque a Justiça está demonstrando que não analisa individualmente os casos. A Justiça formou uma convicção que independe da prova produzida. Ela está já encaminhada a condenar todos. Isso, ao nosso ver, é o absoluto fracasso da Justiça Penal, principalmente, em um Estado constitucional como o nosso –, diz.

Para ele, não houve fraude, pois a prática era conhecida da UFSM e não lesou o poder público, pois o professor ¿nunca deixou de atender às responsabilidades da função que exerce¿:

– O professor nunca deixou de dar aulas. Ainda, os alunos eram levados para ter aulas práticas junto ao consultório como uma forma de ganhar experiência. Tudo sempre sob supervisão –, diz o advogado Menezes.

A defesa afirma que vai recorrer da decisão.

Assaf é o sétimo professor de odontologia condenado pelo mesmo crime e o décimo da UFSM. Três médicos e 15 dentistas enfrentam processo por estelionato.

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